CONHEÇA AS CARTAS
A Louca, de número 22 e também o 0, é a arcana que marca o início e o entendimento do ciclo, da necessidade de se colocar como protagonista da própria trajetória. Dotada da força do ímpeto que rompe a inércia para se fazer existir, ela carrega consigo as qualidades da coragem, da leveza e do impulso. Abrindo caminho para a mudança, aceitando o novo com entusiasmo e humildade. Disposta a descobrir com curiosidade cada passo do caminho, acompanhada por seu instinto representado pelo animal ao seu lado, mas norteada pela lucidez do sol ela vai em direção ao precipício não para cair, mas para alçar seu voo ao horizonte, mostrando que os fins na verdade também são recomeços.
Arcana de número 1, A Maga simboliza a força da iniciativa, representada na figura de uma aprendiz que transforma o entorno através da criatividade e do trabalho. Em suas mãos ela carrega os quatro naipes do tarot, que correspondem aos quatro elementos da natureza. E é a partir do reconhecimento dos recursos disponíveis que a Maga pode iniciar seu fazer alquímico. Ela aponta tanto aos céus quanto à terra, demonstrando a sua capacidade de unir os campos materiais e imateriais, a partir da concretização de suas deias em ações e matérias. É uma ótima arcana para levar consigo em momentos de inícios de projetos, ou de fortalecimento para o campo da criação e do trabalho.
A Imperatriz, arcana número 3 no Tarot, é o símbolo máximo da fertilidade, abundância e criatividade. Representada como uma figura majestosa, cercada por vegetação luxuriante, ela personifica a Mãe Terra, a força criadora que nutre e sustenta a vida. Sua imagem geralmente está associada com símbolos de Vênus, destacando sua conexão com o amor, a beleza, o prazer, a sexualidade e o cuidado. Essa carta representa o poder de manifestação, o crescimento e a realização do plano material. A partir dos sentidos e do corpo, ela convida à conexão com a energia criativa e produtiva, seja em projetos, relacionamentos ou no desenvolvimento pessoal.
A Arcana de número 4, A Imperadora, simboliza controle, organização, poder e proteção sobre a matéria. Ela impera através da racionalidade, sendo a personificação do logos, representando a linguagem e o verbo. Sua força ergue pontes entre o reino interior – marcado por seus desejos – e o exterior, através de sua capacidade de ação, alterando o mundo real, social e cultural. A Imperadora é a arcana que edifica nossos feitos. Responsável e ponderada, ela nos lembra da importância de ter estratégia antes de recorrer à força e à coragem, conduzindo-nos a atingir nossos objetivos com foco e assertividade..
A arcana de número 6 do Tarot, As Enamorades, simboliza a importância das relações como união de forças opostas e a inevitabilidade das escolhas que surgem diante delas. Esta carta nos lembra da necessidade de alinhar decisões com valores pessoais e intuição, buscando o equilíbrio entre desejo e razão. Afeto, deslumbre e apaixonamento estão profundamente ligados a essa arcana, tradicionalmente associada à união e ao casal. Contudo, qual é o primeiro vínculo, senão aquele que temos conosco? Por isso, As Enamorades representam a integridade que surge ao reconhecermos as múltiplas vertentes de quem somos. Apenas através da consciência e do enfrentamento dos nossos conflitos internos podemos alcançar uma compreensão mais profunda e uma aceitação plena de nós mesmos, construindo, assim, conexões mais autênticas com os outros.
A sétima arcana do Tarot, A Carruagem, simboliza movimento, avanço e o ato de assumir as rédeas do próprio caminho. No cerne desta carta está o equilíbrio das forças duais: intuição e racionalidade, sensibilidade e lógica, devir e dever. Quando essas forças estão em harmonia, tornam-se a base para a ascensão do eu em direção a um propósito maior. A Carruagem nos lembra da importância do foco no futuro como guia das potências presentes, ajudando a redirecionar e aprimorar nossas rotas de ação. Esse direcionamento não é apenas individual, mas também carrega o potencial de contribuir para o desenvolvimento coletivo, transformando o impulso pessoal em algo mais grandioso e significativo.
A oitava em muitos Tarots modernos, e a décima primeira carta nos baralhos clássicos, A Força é um símbolo poderoso de coragem, autocontrole e equilíbrio entre instinto e razão. Esta Arcana nos ensina que a verdadeira potência não reside na violência ou no poder bruto, mas na habilidade de domar e direcionar nossas emoções e impulsos com calma, generosidade e determinação. A Força convida ao uso consciente de nossa energia, indicando que os maiores triunfos vêm do equilíbrio entre vulnerabilidade e poder. Pois quando tentamos reprimir nossos instintos de forma violenta, acabamos por sufocar nossa energia vital, prejudicando nosso entusiasmo e vontade de viver. Por outro lado, se permitimos que nossos desejos primitivos fluam sem controle, corremos o risco de desperdiçar essa potência em ações desmedidas e impensadas. Esta Arcana é um lembrete de que a força verdadeira é aquela que acolhe, constrói e transforma, em vez de dominar ou destruir.
Nona carta do Tarot, A Eremita é a Arcana que simboliza a sabedoria proveniente da vivência e da maturidade. Ela nos lembra que a partir do silêncio e da solitude que podemos encontrar. Ela se encontra ao passo que silencia o mundo para ouvir a si mesma.A eremita representa o arquétipo da “velha sábia”. Quem carrega a sabedoria da vivência e de como encontrar a si mesmo na escuridão. É uma arcana que se relaciona com a maturidade e a solitude. É ela quem surge na estrada escura quando parece que estamos perdidos, representando , dessa forma, o caminho para o retorno a nós mesmos.A eremita representa o arquétipo da “velha sábia”. Quem carrega a sabedoria da vivência e de como encontrar a si mesmo na escuridão. É uma arcana que se relaciona com a maturidade e a solitude. É ela quem surge na estrada escura quando parece que estamos perdidos, representando , dessa forma, o caminho para o retorno a nós mesmos.
A décima carta do Tarot, A Roda da Fortuna, simboliza o princípio da impermanência e a constante mutação, enquanto um convite à reflexão sobre o fluxo natural da vida. Esta Arcana nos ensina que a existência é marcada por ciclos ininterruptos de altos e baixos, ganhos e perdas, sucesso e desafios. Representa o movimento contínuo do tempo e das forças universais, lembrando-nos de que nem tudo está sob o nosso controle. Ela nos incentiva a confiar no processo, aceitando as mudanças inevitáveis como parte do caminho. Este arcano remete a ideia de que, embora não possamos controlar a Roda, podemos ajustar nossas atitudes e perspectivas para navegar melhor suas volta, cabendo a humildade e generosidade em períodos de sorte e bonança, e a resiliência para passar pelas adversidades.
A décima terceira arcana do Tarot, A Morte, nos propõe uma reflexão profunda: quantas versões de nós mesmos precisam "morrer" para que novas possam surgir? Frequentemente temida devido à má interpretação de seu simbolismo, esta carta ressalta a necessidade de aceitar e permitir que as transformações mais profundas ocorram, abrindo espaço para o novo. A Morte nos ensina o valor de conceder a nós mesmos tempo, espaço e acolhimento para vivenciar e elaborar nossos lutos. Esse encontro com a finitude nos leva a valorizar a existência, destacando a fragilidade e a vulnerabilidade inerentes à vida. Assim como a folha que despenca da árvore para enriquecer a terra, A Morte simboliza o processo de renovação: aquilo que chega ao fim nutre o terreno, revigorando-o para que o novo possa brotar com força. Este arcano é, portanto, um convite à aceitação do ciclo natural da vida, onde finais não são abandonos, mas transformações que impulsionam e adubam o crescimento e a regeneração.
A Temperança, a décima quarta carta do Tarot, é um símbolo de equilíbrio, harmonia e parcimônia. O ato de temperar pouco a pouco, misturando as águas entre os cálices simboliza a alquimia interna, o processo de elaborar e refinar nossas emoções, pensamentos e ações para alcançar um estado mais elevado de consciência e plenitude. A Temperança nos convida a cultivar a calma diante das adversidades, respeitando o tempo natural das coisas. E a partir disso, ajustar nossas escolhas com sabedoria e a buscar o dinamismo em nossas relações e em nosso interior. Ela também sugere um momento de cura e reconciliação, indicando que a integração de diferentes aspectos de nossa vida — ou mesmo de nós mesmos — pode nos levar a um estado de completude.
A Torre, Arcana de número 16, representa as estruturas limitantes que erguemos e prendemos a nós mesmas. Sejam estruturas reais, instituições, crenças, episteme ou ego - o que nos aprisiona, precisa ruir para libertar. A torre simboliza as possibilidades libertadoras que surgem com o espaço para a reconstrução de novas estruturas.
No céu, estrelas despontam iluminando o céu escuro e a mulher que se banha na água que brota da terra. A Arcana de número 17, A Estrela está protegida pelos céus, nua, a vontade e tranquila - somente assistida pelas estrelas, a natureza e por nós. A estrela fala sobre encontrar seu lugar no todo e encontrar o todo em si - representando o reconhecimento de nossos talentos pessoais, otimismo e esperança.
A Lua nos leva para o universo do inconsciente, da imaginação, dos sonhos. Simboliza os mistérios da alma. Ela nos aproxima da espiritualidade e da nossa intuição. Representa um mergulho profundo em si mesma, iluminando o que estava submerso. É a arcana que acompanha aquelas no caminho para a conexão e descoberta do que há de mais profundo dentro de si.
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